Natural de Espigão do Oeste, 42 anos, Hélio Moura de Assis é zelador da Prefeitura de Rolim de Moura, já foi açougueiro e sempre foi  atleta por vocação. Hoje é licenciado em Educação Física e está cursando bacharelado, mas seu sustento vem mesmo do trabalho de zelador, que desempenha com orgulho pelas ruas da cidade.  Ele está entre os 3 melhores corredores do Estado na categoria veteranos, foi seis vezes campeão estadual, tendo disputado competições importantes como a Corrida de São Silvestre e ainda “belisca” medalhas nas competições regionais, acompanhando o grupo criado e coordenado por ele, conhecido como “Amarelinhos de Rolim.”
    Hélio conta que a “Amarelinhos” foi formada em 2008 e já chegou a ter 36 participantes. “Por falta de apoio muitos foram desistindo e agora estamos com 18 membros permanentes, que treinam todos os dias, das 17hs30 as 18hs30, no Estádio Cassolão. “É preciso muita dedicação e disciplina para conseguir resultados e estou satisfeito com a evolução do nosso grupo”, afirma o “construtor de campeões”, lembrando que a “Amarelinhos” já tem mais de cem medalhas e raramente participa de alguma competição sem ter alguém no pódio.
    O treinamento da equipe é planejado para atletas de alto rendimento, baseado nos conhecimentos que o professor Hélio adquiriu nos meios acadêmicos, nos cursos que fez e nos trinta anos de competição. “A experiência conta muito, mas precisamos estar preparados técnicamente para acompanhar a evolução do esporte”, ensina Hélio, destacando, entre seus atletas, a menina Stela Liberato, a Stelinha, uma das mais promissoras maratonistas do Estado de Rondônia e já inscrita para receber o auxilio Bolsa Atleta, um programa de incentivo criado pelo Governo de Rondônia e gerenciado pela Sejucel. “Stelinha só tem 16 anos é como certeza vai se destacar no cenário nacional. Para mim é uma honra estar fazendo parte desse processo”, disse ele, sem esquecer de enaltecer os demais integrantes do grupo. “É uma família. Ninguém solta a mão do outro em nenhuma circunstância”, afirma ele.
    Para manter um grupo de atletas de alto rendimento é preciso muito mais que boa vontade e como apoio público é coisa praticamente inexistente, o professor Hélio Moura lembrou do apoio que recebe da Casa Esportes, Cedim RM, Guaporé Esporte Clube, Criptbank de São Paulo,  Farmácia Yassuda, de Cacoal e Comercial Vitória de Água e Gás. “Nós buscamos a superação a cada competição. Disputamos cerca de vinte provas por ano, mas poderíamos participar de mais provas e com maior relevância, mas temos muitas dificuldades. A principal delas é o transporte”, disse ele, contando que esporadicamente recebe ajuda da Autarquia Municipal de Esportes.