Já começaram e vão até o mês de agosto as tradicionais festas juninas, onde as fogueiras são tradicionais e o “arraiá” só tem mesmo graça com muita, mas muita bombinha, buscapé, traque, estrelinhas, rojões, morteiros e toda sorte de fogos de artifício. É certo que o foguetório produz belos espetáculos, mas também é cheio de perigos,  principalmente em locais onde existe aglomeração de pessoas e se manuseado por quem não tem noção dos riscos.
          Segundo o sargento bombeiro militar Adão Freitas, do CBM de Rolim de Moura, existem diversas classificações para os fogos de artifício e alguns só podem ser manuseados por profissionais devidamente treinados e qualificados. São bem poucos os que podem ser colocados na mão de crianças e ainda assim, sob a supervisão de adultos. “ Os mais comuns são os conhecidos rojões. O cuidado mínimo é encaixar um no outro é acender o que está na parte superior, logicamente”, aconselha o bombeiro, citando que esse cuidado básico pode evitar queimaduras graves e até mutilação, caso o artefato não saia do cartucho de papelão e detone praticamente “na mão” da pessoa.
    “É preciso consciência de que todo e qualquer artefato desse tipo contém pólvora como principal componente. Desde um morteiro até o aparentemente inofensivo “estalinho”. Por isso não devem ser manuseados por crianças e liberados em espaços abertos e sem vegetação, residências e material que possa ter combustão com facilidade”.
    O sargento BM Freitas disse que o índice de acidentes com fogos em Rolim é relativamente insignificante, até porque as pessoas não costumam registrar oficialmente queimaduras leves em festas comunitárias. “Mas existe sempre o risco de incêndio por conta  de fogos, com maior incidência na zona rural, onde os pastos já começam a ficar secos”, observa Freitas, recomendando aos festeiros que comprem fogos somente em comércios devidamente regulamentados e que não tentem experiência na fabricação de “bombinhas” caseiras. “ Nós recomendamos cuidado para que a festa não se transforme em tragédia”, concluiu o sargento.