Rondônia

Agevisa intensifica cuidados com prevenção e vacinas para conter avanços de hepatites virais em Rondônia

As ações de prevenção, diagnóstico e capacitação profissional são intensificadas
Publicado 29/07/2021
Atualizado 29/07/2021

As formas mais comuns de hepatites virais diagnosticadas em Rondônia são dos tipos “B” e “C”. No período de 1999 a 2020, foram registrados em todo o Estado 254.389 casos de pessoas com hepatite “B” e outros 262.815 com hepatite “C”. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Para conter os avanços da doença, o Governo de Rondônia, por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das Hepatites Virais da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), vem intensificando as ações de prevenção, diagnóstico e capacitação profissional com vistas a reduzir os índices de transmissão.

A hepatite “B” é o segundo tipo com maior incidência e atinge taxas elevadas de transmissão pela prática sexual sem preservativo, contato sanguíneo, e ainda por transmissão da mãe para o filho durante a gestação.

A melhor forma de prevenir a hepatite “B” é a vacina, disponível em todas as unidades básicas de saúde de Porto Velho e demais municípios do Estado, além do uso de camisinha masculina e feminina. Os preservativos são distribuídos em sucessivas campanhas pela Agevisa, em parceria com o Ministério da Saúde.

A coordenadora, enfermeira Francilene Alves de Miranda, destaca: “é por isso que a gente bate na tecla da importância da vacina completa com a primeira, segunda e terceira doses. Isso toda unidade básica de saúde oferece”.

SEM VACINA

A principal forma de transmissão da hepatite “C” é pelo contato com o sangue. Atualmente, esse tipo da doença é considerado a maior epidemia da humanidade, com cinco vezes mais casos do que a Aids/HIV, e é apontada como principal causa de transplantes de fígado.

Contra esse tipo de vírus ainda não há vacina, mas com tratamento, a doença que pode causar cirrose, câncer de fígado e morte pode alcançar mais de 95% de chance de cura.

É necessário, no entanto, que a doença seja descoberta logo nos primeiros momentos para não se tornar crônica e afetar diretamente o fígado.

A recomendação é para que pessoas com idade, a partir dos 45 anos, procurem uma unidade de saúde básica no município para fazer o teste rápido. Se for confirmada a doença, o paciente deve buscar imediato tratamento junto à rede pública de saúde.

TIPOS DE HEPATITES

Há vários tipos de hepatite dentre os quais autoimune, alcoólica, medicamentosa e as virais, causadas por vírus que afetam as células do fígado, também conhecidas como células hepáticas.

Entre os vírus mais comuns encontrados estão os do tipo“A”, “B”, “C”, “D” e “E”. Há registros ainda de outros dois tipos: o “F” que apesar de estudos recentes não terem configurado sua existência, sendo portanto descartado, mas não eliminado da literatura médica, e o tipo “G”.

A Hepatite “A”, diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve, cura sozinha e conta com vacina disponível na rede básica de saúde.

Hepatite “B”, o segundo tipo com maior incidência. A melhor forma de prevenção para a hepatite “B” é a vacina, associada ao uso do preservativo na prática do sexo seguro.

Hepatite “C” o maior contágio é pelo contato com sangue. Não tem vacina, mas há tratamento que pode curar.

Hepatite “D” causada pelo vírus VHD, ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite “B”. A vacinação contra a hepatite “B” também protege de uma infecção com a hepatite “D”.

Hepatite “E” tem como causa o vírus VHE e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. Esse tipo não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que foram infectadas pelo vírus da hepatite “E” podem apresentar formas mais graves da doença.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Os sintomas de hepatite viral mais comuns são: olhos e pele amarelados, abdômen um pouco inchado ou distendido, fezes mais claras, urina escurecida, da cor de guaraná, e eventuais episódios de vômito.

A enfermeira Francilene Miranda lembra que há pessoas consideradas assintomáticas, que podem não apresentar nenhum desses sintomas e são portadoras do vírus.

Se alguém apresentar um desses sintomas, a orientação é para que procure o serviço de saúde para realização de exames, avaliação ou se contraiu outro tipo de doença e apresentou sintomas semelhantes aos de hepatite viral.

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