Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 07, o delegado Núbio Lopes de Oliveira, titular da Delegacia de Homicídios de Vilhena, deu detalhes do homicídio ocorrido em dezembro de 2020, no Bairro Ypê, em Vilhena. O crime aconteceu por volta da zero hora do dia 30 de dezembro, na rua 9.311. A vítima, [V. E. P. de A.], tinha 43 anos e foi assassinado a golpes de madeira na região da cabeça. A violência dos golpes causou a perda de massa encefálica (RELEMBRE O CRIME).

De acordo com o delegado, a investigação apurou que o autor do crime foi [A. F.], de 43 anos. Ele foi indiciado e está preso de desde o dia 28 de junho.

Conforme relatou o delegado, o trabalho de investigação apurou que horas antes do crime, a vítima e o acusado estavam bebendo junto com outros dois homens. Durante a bebedeira, o acusado cantava, e a vítima teria mandado que ele parasse com a música. Os dois se desentenderam e só não saíram no braço porque os outros dois homens os separaram, indo cada um pra um lado.  

Horas depois, na rua 9.311, uma testemunha ouviu o som de uma pancada, saiu para via pública e se deparou com um homem caído e outro desferindo pauladas contra ele. O denunciante repassou à polícia as características do agressor.

De acordo com informações da perícia, a vítima levou o primeiro golpe quando ainda estava sobre a motocicleta ou próximo a ela, já que foi encontrado sangue no painel do veículo. Um dos chinelos da vítima estava próximo a moto. A perícia também aponta que os golpes mais contundentes foram desferidos quando vítima já estava no chão, haja vista, com exceção do sangue encontrado na moto, todo o restante do líquido estava concentrado apenas no local do corpo. Ainda de acordo com a perícia, não foram encontradas lesões em outras partes do corpo da vítima, o que poderia indicar tentativa de defesa. “As lesões se concentraram na cabeça, inclusive com a perda e massa encefálica”, disse o delegado. 

Próximo ao corpo do homem assassinado, além do pedaço de madeira, foi encontrado um facão. Ambos os objetos foram periciados. No pedaço de madeira foi encontrado sangue. A perícia também recolheu lascas entre a moto e o corpo compatíveis com o “porrete” que causou a morte de [V. E.]. Já no facão, nenhum vestígio de sangue foi encontrado.

Com elementos que apontavam ser [A. F.], que não foi mais visto depois do crime, o autor do homicídio, o delegado pediu a sua prisão. Meses se passaram, até que no dia 28 de junho, a Polícia Militar conseguiu prender o homicida.

Ouvido, [A. F.] confessou o crime e alegou ter agido em legítima defesa. Segundo ele, a vítima teria ido, armado com um facão, esperar na rua por onde ele passava para ir pra casa, e que vendo que seria atacado, ele se armou com o pedaço de madeira e desferiu os golpes.

O acusado, que está preso, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe.