Rondônia

Três mulheres registram queixa na polícia e denunciam assédio de advogado; caso corre em sigilo na DEAM, em RO

Uma das vítimas diz ter sido agarrada pelo cabelo e socorrida por colega
Publicado 02/07/2021
Atualizado 03/08/2021

A reportagem confirmou, através de amigos das vítimas, que três mulheres registraram queixa na polícia, em Vilhena, contra um advogado que as teria assediado. A denúncia foi feita cerca de duas semanas atrás e o caso corre em Sigilo, na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).

Segundo apurou o site com base no testemunho de pessoas que acompanham o caso, a primeira vítima começou a receber galanteios inoportunos do advogado, que tirava fotos dela, fazia elogios e chegou a pedir seu endereço.

Quando a mulher reagiu e “deu um corte” no assediador, segundo amigos da vítima, ele passou a chama-la de incompetente e a ameaça-la, dizendo que trabalharia por sua demissão.

A segunda vítima é aprendiz na mesma instituição empresarial, e teria sido assediada com ameaças. O acusado teria confessado a ela ter dopado outras mulheres e, certo dia, “fez gracinhas” na presença do marido da jovem, que ameaçou reagir com violência às investidas.

A terceira vítima foi a que mais sofreu com o assédio, e chegou a contar que teria sido agarrada pelo cabelo pelo assediador, mas um colega de trabalho dos dois a socorreu. O mesmo homem teria parado a mulher na rua e a convidado para o motel. Ele também teria investido na conquista forçada diante de colegas de trabalho da vítima.

Após o registro do caso, as três denunciantes e duas testemunhas já foram ouvidas na DEAM. Ao expor o episódio, os amigos das vítimas explicaram que a intenção é dar visibilidade ao caso para prevenir este tipo de conduta no trabalho.

A entidade onde as vítimas trabalhavam contratou segurança até que medida protetiva pedida por elas seja concedida e demitiu o acusado.

A reportagem não divulga nomes a pedido dos próprios denunciantes, e também porque o caso tramita em segredo. Além do mais, a reportagem também não tem acesso ao inquérito policial que investiga as denúncias.

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