Rondônia

Agevisa apresenta experiências de implantação do Registro de Câncer de Base Populacional, no Tocantins

Câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, estando entre as quatro principais causas de morte prematura
Publicado 24/06/2021
Atualizado 24/06/2021

O Governo de Rondônia, por meio da Agência de Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), apresentou durante workshop aos servidores da Secretaria de Estado da Saúde de Tocantins, as experiências relacionadas a implantação do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP). O evento ocorreu em Palmas (TO) no mês de maio.

Os Registros de Câncer de Base Populacional são sistemas de informações específicos para a oncologia que coletam, classificam e analisam casos novos da doença, diagnosticados em moradores de uma área geográfica bem definida, permitindo desta forma, conhecer a incidência da enfermidade daquela região. São fontes imprescindíveis para o desenvolvimento de pesquisas epidemiológicas e clínicas, como também para o planejamento e avaliação das ações de controle.

O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, estando entre as quatro principais causas de morte prematura na maioria dos países. A incidência e a mortalidade pela doença vêm aumentando no mundo, em parte pela prevalência dos fatores de risco de câncer, especialmente aos associados ao desenvolvimento socioeconômico e qualidade de vida das pessoas, bem como o envelhecimento e crescimento populacional.

A coordenadora de vigilância de câncer e responsável pelos registros da doença da Agevisa em Rondônia, Rose Britto, explica que o RCBP foi implantado no Estado em 2017. “Como esse registro é estadual, em 2018 e 2019 fomos em cada município, e fizemos treinamentos e capacitações com todas as equipes”.

Rose conta que quando havia a possibilidade de cada município cadastrar os dados referentes à doença, veio a pandemia, porém, o trabalho não parou. “Mesmo com a covid-19, as equipes foram recebendo treinamentos por meio remoto, chamadas telefônicas e a liberação do cadastro no sistema”.

Ainda de acordo com Rose Britto, havia o plano de amostragem de um ano inteiro com dados. “Em setembro de 2020, conseguimos juntar informações de três anos, sendo de 2015 à 2017, onde foram detectados nesse período, cerca de 7.144 casos da doença, e enviamos ao Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, onde os dados são consolidados a nível nacional”.

No início de 2021, durante uma reunião que contou com a participação de registradores de todo o país, Rondônia foi destaque com relação aos demais estados, que tiveram dificuldades de alimentar os sistemas RCBP’s devido a pandemia. “Rondônia seguiu trabalhando no sentido oposto, de forma diferenciada, principalmente, por conta de chegarmos em todos os municípios. Com isso, os representantes do Estado do Tocantins se interessaram em saber de nosso trabalho realizado e recebemos o convite”, acentuou Rose.

Durante a apresentação feita pela coordenadora, com relação aos trabalhos realizados pela Agevisa na alimentação do RCBP de Rondônia em Palmas, os servidores parabenizaram o Estado pela coleta de dados junto aos municípios, servindo de exemplo para que Tocantins tenha o mesmo êxito de Rondônia.

A coordenadora destaca que Rondônia faz parte da rede, com dados concretos, podendo subsidiar ações a nível estadual e municipal. “Para nós gestores, isso é muito importante, pois a partir do momento que em meu território existe um caso de câncer, posso trabalhar também na vigilância e prevenção”.

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