Rondônia

Foragido é socorrido após colisão de carros, mas vai embora do hospital sem receber voz de prisão em RO

O homem acusado de ser mandante de crimes, dirigia Range Rover quando bateu em carro em Porto Velho e foi atendido pela PRF e Samu.
Por G1 RO
Publicado 20/05/2021
Atualizado 21/06/2021

Um foragido da Justiça "desapareceu" do Hospital João Paulo II após receber atendimento médico no último fim de semana em Porto Velho.

Segundo boletim de ocorrência que a reportagem teve acesso, o suspeito identificado pelas iniciais [U. C.], foragido da justiça, conduzia uma Range Rover pela avenida Jorge Teixeira quando colidiu com um carro, após furar o sinal vermelho no cruzamento da avenida Calama.

Com o impacto, a Range Rover do suspeito chegou a capotar. Uma foto feita por testemunhas no local mostra o momento que [U. C.] fica sentado no asfalto esperando por atendimento médico.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foi chamada no local do acidente (para controlar o trânsito e atender o acidente).

Minutos depois, [U. C.] foi socorrido pela equipe do Samu e encaminhado ao Hospital João Paulo II, mas, após os primeiros atendimento no hospital, ele foi embora da unidade (sem receber voz de prisão).

O boletim da PRF diz que os dois policiais ficaram atendendo o acidente na Jorge Teixeira e, após irem no hospital colher mais informações com Uadra, ele já havia sumido da unidade.

Uadra é procurado por supostamente liderar o Consórcio do Crime, um grupo que ficou conhecido por decidir sobre divisão de custos e negócios para assassinar moradores da região.

Fugiu do Hospital ?

A reportagem entrou em contato com Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) para solicitar informações sobre o paradeiro e um possível "abandono" do paciente do local.

Em resposta, a assessoria da Sesau destacou que "o paciente deu entrada na unidade consciente, andando, orientado, passou pela neurologia e foi encaminhado a ortopedia, mas não quis ficar e foi embora".

No prontuário, de acordo com a Sesau, o paciente chegou na unidade em prancha rígida do Samu e estava com o colar cervical.

O suspeito teria contado sobre a situação do seu acidente de trânsito e, queixou-se de dor no ombro esquerdo e negou perda de consciência, êmese e sem outras queixas.

A Sesau afirma que não podia obrigar o paciente ficar no hospital, pois nenhuma unidade obriga qualquer paciente ficar internado à força.

O que diz a PRF?

A equipe de reportagem da Rede Amazônica entrou em contato com Polícia Rodoviária Federal (PRF) para questionar sobre a situação, já que a guarnição atendeu o acidente e, seguindo os protocolos, os documentos de todos condutores envolvidos em acidentes são registrados e consultados.

A PRF informou que "como existe uma investigação, no momento não pode se manifestar. Ao serem concluídos os autos, poderá haver parecer oficial".

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