Rondônia

Rapaz que comandou assassinato brutal em Vilhena era “afilhado de consideração” de idoso que sobreviveu à barbárie

Depoimentos revelaram detalhes chocantes da selvageria contra casal
Publicado 30/04/2021
Atualizado 31/05/2021

Poucas horas após o crime bárbaro que tirou a vida da chacareira de iniciais [E. D. da S.], de 49 anos, e deixou o marido dela, Cicero Lopes, de 69, gravemente ferido em uma propriedade localizada na linha 135, em Vilhena, o Núcleo de Inteligência (NI) da Polícia Militar prendeu dois dos três envolvidos no crime (LEMBRE AQUI).

Após conversarem com o esposo da vítima, que mesmo debilitado devido ter perdido muito sangue, contou como tudo aconteceu, a Polícia Militar saiu em busca dos suspeitos. Segundo o idoso, um deles era amigo da família.

Para os militares, [C.] relatou que, na tarde de ontem, seu afilhado de consideração identificado apenas pela inicial [W.], de idade não divulgada, foi até sua casa com um amigo para tomar café e logo foram embora, retornando mais tarde na companhia de um terceiro elemento e anunciado o assalto, amarrando o ancião e a esposa.

Após horas de tortura física e psicológica ao ponto de ter o corpo encharcado por gasolina sob ameaça de ser queimado vivo, [C.] afirmou que viu os ladrões levarem [E. D.] para um dos quartos e a executarem a golpes de faca.

A vítima relatou ainda que em todo o tempo os homens pediam por dinheiro, pois sabiam que [E. D.] havia recebido uma determinada quantia.

Depois de assassinarem a mulher a sangue frio, os suspeitos também esfaquearam [C.] por três vezes na região do tórax e pisaram em seu pescoço até que ele fingiu ter perdido a consciência para não ser executado.

Já durante as buscas pelos suspeitos, o NI encontrou o local onde supostamente os assassinos estavam se escondendo, na avenida 1714, no bairro Cristo Rei e realizam uma campana no local, avistando o momento em que o jovem apontado como afilhado das vítimas chegou na motocicleta levada do local do crime e procederam a abordagem.

Ao perceber a guarnição, o suspeito empreendeu fuga, mesmo os militares atirando contra o pneu traseiro do veículo.

Após colidir com a lateral da viatura e depois contra um poste, o suspeito sofreu uma queda e pode, enfim, ser contido.

Além da motocicleta das vítimas que conduzia, o jovem estava com o celular de [E. D.] e com o documento de uma motoneta Honda Biz, que possui registro de furto.

Para os militares o [W.] contou com riqueza de detalhes como ele e seus dois comparsas executaram o crime, afirmando que se aproveitou da consideração que o casal tinha por ele para não levantar suspeita.

Segundo o jovem, ele e seu comparsa conhecido como “Porto Velho”, que foi localizado em um esconderijo informado por ele, foram até a casa das vítimas no final da tarde na intenção de cometer o delito, mas acabaram indo embora devido o irmão de [E. D.] estar no local.

Porém, já durante a noite, retornaram na companhia de um terceiro elemento e cometeram a atrocidade simplesmente para roubar o dinheiro que a mulher havia sacado, não informando a quantia.

Por fim, o jovem afirmou que usou a motoneta furtada para chegar ao local e, quando saiu de lá com  o veículo das vítimas para trazer o comparsa que não foi identificado e nem preso até a cidade, “Porto Velho”  esfaqueou [C.] e pisou em sua garganta.

“Porto Velho”, por sua sua vez, afirmou ter aceitado participar do crime devido possuir uma dívida de drogas com [W.] e que, após o delito, esta seria quitada.

Diante dos fatos, os suspeitos receberam voz de prisão e foram apresentados na Delegacia da Polícia Civil, onde foram flagranteados pelo delegado de plantão.

Após saber dos relatos dos infratores, o irmão de Edna afirmou que realmente viu [W.] chegar na casa pela em companhia de outras pessoas, mas não desconfiou, devido ser comum a ida do jovem ao local.

Já a irmã de [E. D.] afirmou que a mulher estava assustada, pois [W.] vinha lhe ameaçando a algum tempo por acreditar que ela o havia denunciado pelo furto de um barco que ocorreu na propriedade alguns anos atrás.

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