Rondônia concentra a menor proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de ½ salário mínimo
O Norte é a região que apresenta a maior concentração de crianças e adolescentes, com 41% da sua população tendo entre 19 anos de idade
Cenário da Infância e Adolescência no Brasil divulgado pela Fundação Abrinq edição de 2021, revela que o Estado do Acre tem o maior índice de jovens vivendo na pobreza em toda a Região Norte.
Segundo a publicação, o Norte é a região que apresenta a maior concentração de crianças e adolescentes, com 41% da sua população tendo entre 19 anos de idade. A região também é a segunda do Brasil a concentrar a maior proporção de pessoas vivendo com dividendo domiciliar mensal per capita de até ½ salário mínimo, com 47,6% de sua população. Proporção muito superior à renda brasileira de 28,8%.
Dados de 2019 mostram que o Brasil tinha aproximadamente 60,3 milhões de pessoas vivendo com renda domiciliar mensal per capita de até meio salário-salário mínimo (R$ 499,00), sendo que 26,5 milhões dessas pessoas viviam com metade desse provento (R$ 249,50).
Os estados desta região que concentram as maiores proporções da população vivendo com renda domiciliar mensal per capita de até ½ são o Acre (51%), Pará (50,9%), Rondônia é o Estado que concentra a menor proporção de pessoas nesta classe de rendimentos com (29%).
Pouco menos de duas em cada três (63,9%) crianças dessa faixa etária reside em domicílios com renda mensal domiciliar per capita de ½ salário-mínimo. A proporção é superior aos 45,4% da media nacional.
O governo do Acre veio a público se defender, mas não questionou os resultados que mostram a pesquisa divulgada pela Fundação Abrinq. Disse que existem várias iniciativas para melhorar o resultado, porém a sua execução vem sendo impedida em virtude da pandemia da Covid-19.
A Fundação Abrinq divulga a edição 2021 do Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil, reunindo diversos indicadores sociais, como educação, mortalidade, gravidez, matrículas em creche, trabalho infantil e violência. Anualmente, desde 2014, essa publicação é lançada com o objetivo de traçar um cenário sobre a situação da infância e adolescência no país.
Todos os dados utilizados na publicação são de fontes públicas e ajudam a avaliar o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, compromisso global do qual o Brasil é signatário para a promoção de desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável até 2030.
