Rondônia

Polícia faz operação para prender grupo criminoso que fez vídeo usando forte armamento para ameaçar imprensa em RO

Foi descoberto que até um apenado do presídio de Ariquemes participou da ação para tentar intimidar profissionais de comunicação.
Por G1 RO
Publicado 18/03/2021
Atualizado 19/04/2021

A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (18) uma operação contra um grupo criminoso que produziu vídeos para ameaçar um profissional de imprensa do estado de Rondônia. Nas imagens postadas nas redes sociais desde a última sexta-feira (12) é possível ver que o grupo aparece em posse de um forte armamento.

A operação Speak foi conduzida pelo delegado Rodrigo Camargo, de Ariquemes (RO) e, segundo a polícia, o núcleo de inteligência da PC já identificou todos os envolvidos na produção audiovisual.

Os três que aparecem na gravação são jovens (de 22, 24 e 25 anos), mas todos eles já tem passagem pela polícia. Dois deles, inclusive, respondem por roubo e homicídio.

Durante a investigação foi descoberto que até um apenado do presídio de Ariquemes participou da ação a fim de intimidar profissionais de comunicação. Foi esse detento, de 20 anos, que fez a publicação do vídeo na internet, usando um smartphone dentro da cela da Casa do Albergado de Ariquemes.

Nesta quinta-feira, a polícia foi até o Albergue da cidade e cumpriu mandado de busca e apreensão. No local foram apreendidos vários aparelhos celulares, porções de maconha e cocaína.

Ainda segundo informou Rodrigo Camargo, a polícia já tem mandados de prisão de todos os envolvidos no vídeo feito para ameaçar a imprensa.

"Nenhum profissional da imprensa deve ser tolhido de seu direito de exercer livremente sua profissão e o dever de informar”, disse Camargo em coletiva.

Speak

A ação policial foi batizada como “Speak” em referência ao dever de assegurar a total liberdade de imprensa.

A operação foi comandada pelo delegado Rodrigo Camargo, com apoio do Delegado de Polícia do Interior, Tiago Flores, e do delegado Lucas Torres. A ação também teve participação do Grupo de Ação e Pronto Emprego (GAPE), Polícia Penal e do canil do Departamento de Narcóticos de Ariquemes.

Os quatro suspeitos investigados nessa operação devem responder por organização criminosa, tentativa de censura à imprensa e ameaça.

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