Rondônia

FEMINICÍDIO: Cantor é preso suspeito de forjar suicídio da namorada em Rondônia

O fato foi registrado, com base nas informações do namorado, como suicídio, mas haviam muitas dúvidas e contradições.
Publicado 20/09/2020
Atualizado 21/10/2020

Segundo o informado na ocorrência 133596/2020 no dia 06 de setembro do corrente ano o namorado da vítima identificada pelas iniciais [ T.I.T.G ]. teria procurado um vizinho de apartamento afirmando que esta se enforcou.

Quando este vizinho chegou ao local a vítima já estava no interior do apartamento, sobre a cama, deitada de costas, momento em que a carregaram até o carro e a levaram à UPA, onde foi constatado o óbito.

O fato foi registrado, com base nas informações do namorado, como suicídio, mas haviam muitas dúvidas e contradições, razão pela qual foi instaurado o inquérito policial para o aprofundamento das investigações.
 
O laudo de exame tanatoscópico, emitido pelo Instituto Médico Legal de Ariquemes, apontou que os sinais encontrados no corpo da vítima eram incompatíveis com o objeto supostamente utilizado no enforcamento, um pedaço de pano que estava pendurado na grade do ar-condicionado.
 
Também foram colhidas outras informações relevantes, que serão melhor detalhadas ao final das investigações, razão pela qual foi feita a representação pela prisão temporária, a qual teve parecer favorável do Ministério Público do Estado de Rondônia e foi deferida pela MMa. Juíza Titular da 1ª Vara Criminal de Ariquemes.
 
Os policiais da Delegacia de Homicídios de Ariquemes localizaram o suspeito identificado pelas iniciais [ C.S ] chegando à residência dele nesta noite e efetuaram o cumprimento do mandado de prisão.
 
Importante ressaltar que o crime de feminicídio, previsto no artigo 121, §2º, VI, do Código Penal, é considerado crime hediondo, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.

A prisão temporária tem o prazo de 30 dias e neste tempo a Delegacia de Homicídios de Ariquemes concluirá as investigações, podendo ser feita representação pela conversão em prisão preventiva (sem prazo).

Integrante da mitologia Nórdica, Loki é conhecido como o “pai da mentira”, além de ser o deus da trapaça, razão pela qual seu nome foi utilizado para batizar a operação, já que o suspeito teria alterado a cena do crime no intuito de fazer todos acreditarem que a vítima se matou.

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