Rondônia

Terremoto de 6.8 pontos é registrado no Acre

Publicado 06/01/2019

O evento ocorreu as 17h25 pelo horário de Brasília e teve seu hipocentro localizado abaixo das coordenadas 8.14S e 71.57W, a 89 km de Tarauacá, 122 km de Ipixuna (AM) e 125 km da cidade de Rodrigues Alves (AC)

 Porque acontece?

É importante notar que abalos de forte intensidade naquela região fronteiriça são bastante comuns e ocorrem devido à subducção da placa tectônica de Nazca, que mergulha abaixo da placa sul-americana a uma velocidade de 70 milímetros por ano.

 Entre a fossa Chile-Peru, até a costa oeste do Peru, a placa de Nazca é sismicamente ativa até profundidades de cerca de 200 km, se tornando praticamente estável até o leste do Peru a profundidades entre 200 e 500 km.

 Entretanto, abaixo da fronteira entre Peru e Brasil, a placa de Nazca se torna novamente ativa entre 500 e 650 km de profundidade e foi justamente ali que ocorreu a ruptura observada em 24 de novembro de 2015, provocando dois fortes abalos de 7.6 magnitudes.

 Estudos geológicos mostram que a parte profunda da placa de Nazca, na qual os terremotos ocorreram, levou cerca de 10 milhões de anos para mergulhar sob a placa da América do Sul.

 Profundo e de longo alcance

Os terremotos que ocorrem a profundidades focais superiores a 300 km são conhecidos como "deep-focus" ou de foco profundo. Normalmente, esses tremores causam muito menos destruição que aqueles que ocorrem próximo à superfície, mas podem ser sentidos a grandes distâncias dos epicentros.

 O maior terremoto de foco profundo já registrado ocorreu em 2013 na placa tectônica do pacífico, a 600 km abaixo do Mar de Okhotsk, no nordeste da Rússia. O evento foi calculado em 8.3 magnitudes e pode ser sentido em toda a Ásia, Moscou e Nova York.

Em 1994, outro tremor de 8.2 magnitudes ocorreu 600 km abaixo da Bolívia e foi tão intenso que fez tremer prédios nos EUA e Canadá.