Rondônia

Mesmo com coronavírus, venda de máquinas agrícolas cresce em março, diz Anfavea

As fabricantes de máquinas garantem ter estoque para atender os produtores rurais, atividade considerada essencial, com ou sem pandemia
Publicado 06/04/2020
Foto: Pedro Silvestre

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias somou 4,1 mil unidades em março, com alta de 14,9% sobre fevereiro e retração de 7,7% na comparação com igual período de 2019, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira, 6, pela  Associação Nacional de dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Já no acumulado do ano, nos meses de janeiro a março, a produção  chega a 10,2 mil unidades, com baixa de 5,7% ano a ano.

As exportações totalizaram 980 unidades em março, com alta de 18,9%  sobre fevereiro, onde o volume atingiu 824 unidades,  e queda de 11,9% sobre o mesmo mês de 2019, com 1,112 mil unidades. No acumulado do ano, as exportações somaram 2.347 unidades, com queda de 12,6% sobre o mesmo período do ano anterior, onde volume foi de 2.684 unidades.

As vendas internas em março somaram 4,1 mil unidades, subindo 46% na comparação com fevereiro, com 2,8 mil unidades e 10,3% sobre o mesmo mês do ano passado, 3,8 mil unidades. No acumulado do ano, as vendas somaram 9,5 mil unidades, com ganho de 2% ano a ano

As fabricantes de máquinas agrícolas garantem ter estoque para atender os produtores rurais, atividade considerada essencial, com ou sem pandemia. Outra atividade que permanece a pleno vapor é a de assistência técnica e distribuição de peças para as máquinas, e também para caminhões, de forma que a produção rural e o transporte não sejam prejudicados neste momento tão delicado do país.

Coronavírus 

De acordo com associação, com forte contaminação da crise da Covid-19 nas últimas duas semanas do mês, depois de duas semanas de forte atividade no mercado interno, que apontavam para um robusto crescimento, a paralisação gradativa do comércio e das fábricas na segunda quinzena resultou em queda de quase 90% nas atividades do setor.

“Tivemos dois momentos bem distintos em março. Até o começo da segunda quinzena, as vendas estavam em alta, com crescimento de 9% no acumulado do ano, em relação ao ano passado. Mas o avanço da pandemia em nosso país foi provocando a interrupção das atividades nas fábricas e nas concessionárias, fazendo com que fechássemos o mês com queda de 8% no acumulado do ano”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

Segundo o dirigente, mais preocupante é verificar que as vendas despencaram quase 90% das primeiras semanas para as duas últimas, o que projeta um resultado altamente preocupante para abril.

“O momento é de priorizar a saúde da população, e todas as nossas associadas estão dando sua contribuição no combate ao coronavírus, seja reparando respiradores, seja produzindo e doando máscaras, ou mesmo cedendo suas frotas vários para as mais diversas finalidades. Mas também é hora de uma conscientização de todas as esferas do governo, bancos e sociedade para criar mecanismos que permitam à cadeia automotiva atravessar esse período de retração com a preservação das empresas e dos empregos”, alertou Moraes.

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