Rondônia

Ex-secretário de Ivo Cassol condenado por corrupção que estava foragido é preso na Bahia

O ex-secretário foi denunciado no ano de 2013 pelo Ministério Público de Rondônia pela prática do crime de lavagem de dinheiro
Publicado 22/01/2020
Atualizado 20/02/2020
Foto: Reprodução/Internet

No último final de semana, o ex-secretário de Justiça do Estado no Governo Cassol, Gilvan F., foi preso em Seabra (BA), durante uma abordagem de rotina da Polícia Rodoviária Federal.

O ex-secretário foi denunciado no ano de 2013 pelo Ministério Público de Rondônia pela prática do crime de lavagem de dinheiro, foi condenado por sentença proferida pela 1ª Vara Criminal de Porto Velho a três anos de reclusão, convertida em prestação de serviços, mais a perda dos bens e valores já bloqueados em decorrência da ação.

De acordo com as informações, Gilvan foi preso juntamente com sua esposa, Juliana R. de B., e a cunhada, Helena R. de B., Juliana e Helena também têm contas a acertar com a Justiça. O trio está à disposição da justiça rondoniense e deve ser conduzido para o Estado nos próximos dias.

A academia Adrenaline pertencia ao ex-secretário em Porto Velho (RO), que segundo denúncia do Ministério Público era usada supostamente para lavar dinheiro roubado dos cofres estaduais, Gilvan foi responsável pelo sistema penitenciário estadual até o fim de 2010, e teria movimentado entre os anos de 2005 e 2010 cerca de R$ 2,5 milhões em valores da época.

Parte desse dinheiro foi proveniente de depósitos sem identificação do depositante e outra parte refere-se a depósitos feitos por empresas com contratos com o governo estadual (incluindo a Sejus).

Relembre o caso

De acordo com o apurado, o Ministério Público de Rondônia, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a 5ª Promotoria de Justiça da capital, denunciou Gilvan F., a esposa e cunhada em virtude de um esquema milionário de lavagem de dinheiro. As investigações tiveram início após denúncias de recebimento de propinas pelo alto escalação da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), em troca da transferência de presos.
 
A polícia apurou que Gilvan F., que era responsável pelo sistema penitenciário estadual até o fim de 2010, movimentou entre os anos de 2005 e 2010 cerca de R$ 2,5 milhões em valores da época, além de sua remuneração oficial. Parte desse dinheiro foi proveniente de depósitos sem identificação do depositante e outra parte refere-se a depósitos feitos por empresas com contratos com o governo estadual (incluindo a Sejus) e até mesmo por pessoa acusada de ser chefe de uma quadrilha de tráfico de drogas na região de Rolim de Moura.
 
O montante em dinheiro recebido por Gilvan F., não foi declarado para a Receita Federal e parte dos depósitos foi fragmentada em valores menores a fim de dissimular as transações.
 
Segundo a polícia, o dinheiro proveniente destes crimes foi utilizado para a formação do considerável patrimônio dos denunciados, donos de uma academia de ginástica em Porto Velho e de vários imóveis e automóveis. A academia foi constituída em nome de Juliana e Helena R. de B. e, segundo os indícios colhidos na investigação, foi montada com a finalidade de lavar o dinheiro recebido ilicitamente.

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Foto: Reprodução/Internet