Rondônia

Bebê arrancado da barriga da mãe morta em loteamento deve ser levado a abrigo de RO, diz juíza

Parentes do recém-nascido, incluindo o pai, procuraram por ele na unidade hospitalar nesta semana. Recém-nascido segue internado em Porto Velho em estado estável.
Por G1/RO
Publicado 25/10/2019
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O bebê que foi arrancado da barriga de Fabiane Pires Batista, de 23 anos, mulher assassinada em loteamento de Porto Velho nesta semana, deve ser encaminhado ao abrigo Lar do Bebê após receber alta do Hospital de Base.

Parentes do recém-nascido, incluindo o pai, procuraram por ele na unidade hospitalar nesta semana. Ainda não há previsão de quando o menino sairá do hospital. O estado de saúde segue estável.

O menino Gustavo Henrique, de 7 anos, também filho da vítima, foi encontrado morto no mesmo local onde a mãe morreu. A polícia identificou cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime – uma menina de 13 anos (irmã de Fabiana), quatro adolescente e Cátia Barros Rabelo (mulher suspeita de tentar ficar com o bebê e fingir estar grávida de um garimpeiro).

Sandra Merenda, juíza da Vara da Infância e Juventude da capital falou à Rede Amazônica sobre o protocolo a ser seguido em casos de crianças em situação de risco. Segundo ela, os familiares procuraram a Justiça.

"O pai está providenciando o reconhecimento da paternidade. Nós vamos averiguar a conveniência dessa criança ir para esse pai, ir para a família paterna ou materna e vamos estabelecer quem tem melhores condições de permanecer com essa criança. Ele tem interesse na guarda da criança, mas ele precisa primeiramente fazer o reconhecimento da paternidade", explicou Sandra.

Ainda de acordo com a juíza, o pai do recém-nascido e Fabiana não viviam juntos, mas mantinham um relacionamento. Mesmo assim, Sandra Merenda salientou que tudo será apurado. "O que é importante consignar é que essa criança vai ficar o tempo mais breve lá na unidade de acolhimento. Depois vamos encaminhá-la para os familiares", complementou.

O pai do bebê deve ser ouvido pela Polícia Civil nos próximos dias. A corporação não descarta a participação de mais pessoas no duplo homicídio.

Mulher que queria o bebê
A mulher suspeita de tentar ficar com o bebê arrancado da barriga de Fabiana foi presa na tarde de quarta-feira (23). Cátia Barros Rabelo, de 34 anos, foi ouvida por cerca de 5 horas na Delegacia de Homicídios da capital antes de ser detida preventivamente.

Ela se soma ao grupo suspeito de assassinar Fabiana e o menino Gustavo Henrique. "A Cátia está sendo presa pela participação na trama de homicídio", disse a delegada que conduz as investigações, Leisaloma Carvalho, em coletiva de imprensa. Três adolescentes já apreendidos, inclusive, são filhos da mulher que fingiu a gravidez.

Conforme a delegada, Cátia teria não apenas participado do crime, como repassado aos filhos e aos outros envolvidos os "instrumentos" para execução do plano. Disse ainda que, assim como os menores, ela não demonstrou arrependimento. Até a última atualização desta reportagem, o advogado de Cátia não havia sido localizado.

 

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Foto: Diêgo Holanda/G1