SETEMBRO VERDE marca luta pelos direitos das pessoas com deficiência
“Pessoas com algum tipo de deficiência ainda sofrem com preconceito e exclusão social”Segundo o professor Nelson Neves, do Centro Educacional de Rolim de Moura, entidade que atende pessoas com necessidades especiais, estão em movimento várias ações para marcar o SETEMBRO VERDE, instituído em 1982 com o objetivo de promover meios de conscientização das pessoas sobre o grave problema do preconceito, da discriminação e da exclusão social.
Neves reside em Rolim de Moura há décadas e é portador de grave deficiência visual. Ele mesmo serve como exemplo de que as pessoas podem vencer barreiras e viver com relativa normalidade. “Ter alguma deficiência não significa ser incapaz. Mas é preciso que existam políticas públicas de inclusão social, é preciso preparar adequadamente educadores no processo de ensino a crianças com diversos tipos de deficiência, é preciso obrigar as gestões a oferecer condições adequadas de mobilidade urbana, além de vários outros fatores”, diz Carlos Neves, deixando transparecer que, embora bem disfarçada, a discriminação em relação a portadores de deficiência é elevada.
O Setembro Verde reúne, então, um conjunto de ações que mobiliza a sociedade no sentido de cobrar dos gestores mais do que discursos, mais do que cotas nas universidades e postos de trabalho. “É preciso consciência coletiva de que deficiente não é anormal. E que atenção especial que precisa não pode ser obrigação somente do Estado. É obrigação de todos”, finaliza Nelson Neves.