Rondônia

Em 7 anos, mais de 108 milhões de mudas plantadas no Brasil foram produzidas em Rondônia

Entre os anos de 2017 e 2023, milhões de mudas de café produzidas em Rondônia foram exportadas para 13 estados brasileiros.
Por Redação
Publicado 16/04/2024

O Dia Mundial do Café é celebrado dia 14 de abril. Em alusão a data, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) destaca que, em 7 anos, de 2017 a 2023, mais de 108 milhões das mudas de café plantadas em Rondônia e em mais 13 estados brasileiros foram produzidas em viveiros rondonienses com a produção certificada pela Idaron, 19,6 milhões só em 2023.

“Os cafeicultores do Mato Grosso e do Acre figuram como os principais compradores das mudas produzidas em Rondônia. Nos últimos dois anos o Acre foi principal destino da produção”, salienta o gerente de inspeção e defesa sanitária vegetal, Jessé de Oliveira.

Um dos principais responsáveis por essa evolução é o Programa de Certificação de Mudas Cafeeiras, que é mantido pela Idaron. “Graças a esse programa, nos últimos 8 anos, cerca de 15 mil produtores brasileiros já foram beneficiados com garantia de um cafezal sadio. Ou seja, aproximadamente 32 mil hectares de terra foram cultivados com plantas sadias, livres de nematoides, uma importante praga que ataca o café”, acentua Rene Suaiden Parmejiani, coordenador do Programa de Certificação de Mudas.

Em 2023, os municípios de Alto Alegre dos Parecis, Nova Brasilândia do Oeste, Rolim de Moura, Alta Floresta do Oeste e Novo Horizonte destacaram-se como maiores produtores de mudas de café no estado.

“Rondônia é o segundo maior produtor de café robusta do Brasil e o controle de qualidade das mudas, feito pelos técnicos da Idaron, é o que tem garantido a nosso estado uma lavoura livre de pragas e produtivas”, ressalta o presidente da Idaron, Julio Peres.

O controle de qualidade da planta considera os atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários, os quais, segundo Julio Peres, expressam a capacidade da muda ter maior chance de superar as condições climáticas adversas e tornarem-se plantas adultas. “O resultado é uma plantação uniforme que, livre de pragas e doenças, resulta em uma boa produção. Um ganho tanto ao produtor quanto a economia regional”, avalia.

O processo de produção de mudas encontra-se regulamentado em todas as suas etapas, inclusive com normas e padrões específicos para a produção e comercialização de mudas de diversas espécies. O objetivo do programa desenvolvido pela Idaron é assegurar, no comércio, a disponibilidade de materiais de qualidade sanitária elevada, conforme os padrões mínimos definidos pela legislação vigente.

Uma das principais pragas combatidas pela Idaron são os nematoides, cujos danos variam de 10% a 25% de perda de produtividade, mas esse prejuízo pode ser ainda maior se houver a ocorrência de espécies mais agressivas de Meloidogyne (nome científico). Com linhagens de café mais suscetíveis, os danos podem ocasionar o abandono da atividade.

O trabalho da Idaron visa combater o nematoide do gênero Meloidogyne spp, uma praga que ataca as raízes e não possui controle eficaz, o que faz da prevenção a melhor medida a ser adotada. “Nesse sentido, a Idaron realiza o monitoramento das mudas na origem da produção, com coleta e envio de amostras de raízes para os laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura e a fiscalização constante dos viveiros. É importante que o cafeicultor só adquira mudas em viveiros cadastrados na Agência e siga as recomendações dos tratos culturais, para, assim, assegurar a qualidade da lavoura”, acentua o presidente da Idaron.

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